Às vezes, parece que o desporto se tornou o setor mais importante do mundo. Ele é objeto de paixões, e, por isso, cheio de habilidades, de manhas, mas também um hobby que preenche os tempos livres, e uma terapia que ajuda nos cuidados de saúde e no bem-estar, servindo ainda como caraterística que ajuda a identificar determinadas culturas. De um lado, uma racionalidade muito fria, onde ocorrem muitos riscos obscuros, como o tráfico de pessoas, as falsas promessas, os contratos falsos e ilegais, o uso de substâncias ilícitas para obter altos rendimentos (no âmbito do desporto de competição), etc. Ou seja, associá-lo ao lazer parece, já, apenas uma utopia.

Até porque, apesar dessa racionalidade, e das regras bem definidas, o desporto é hoje considerado por muitos um culto. Neste mundo de paixões excessivas, onde é muitas vezes difícil encontrar o equilíbrio entre o que é, e não é correto, considera-se justificável o estudo dos novos desafios que enfrenta, que nos ajudem a pensar no desporto numa perspetiva evolutiva, porque afinal de contas, há uma componente indissociável com o lazer.