Colóquio

Ventos de Mudança - Como ler as independências 5 décadas depois

15 e 16 de maio de 2025

Centro Científico e Cultural de Macau (Lisboa)

Os diferentes olhares e perspetivas sobre as independências dão o mote ao programa deste colóquio, organizado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e o acolhimento do Centro Científico e Cultural de Macau.

O colóquio procura realizar um balanço das conquistas alcançadas nestes países e refletir sobre os desafios que os seus cidadãos hoje enfrentam. O colóquio será acompanhado de 3 seminários a realizar em Bissau, Luanda e Maputo, fruto de parcerias e financiamento autónomo, integrando uma rede internacional de várias instituições académicas, associações e fundações.

Avaliar os caminhos que conduziram às independências da Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Timor-Leste, passa pelo reconhecimento do papel desempenhado pelos movimentos nacionalistas na articulação das aspirações dos seus povos no contexto da luta emancipatória em curso nos continentes africano e asiático e na galvanização de movimentos de mudança. Avaliar estes legados passa igualmente por uma reflexão crítica que promova uma visão inclusiva e sustentável das independências. Revisitar estas memórias questiona a independência como uma condição necessária para o desenvolvimento, a democracia, a paz, os direitos humanos e o meio-ambiente.

As atividades estão estruturadas em torno de quatro temas:

1) Memórias e compromissos das independências;
2) Continuidades dos processos de libertação no Sul global;
3) Legados, heranças e políticas transformadoras;
4) Futuros próximos para redesenhar a democracia, os direitos humanos, o desenvolvimento e o meio ambiente.

Tendo como pano de fundo as independências, o enfoque recai principalmente sobre Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste pelas trajetórias das lutas. A história de Timor-Leste, diferenciando-se pelo seu processo de descolonização interrompido em 1975 e pela ocupação colonial pela Indonésia, realça a importância da solidariedade que existiu entre os movimentos pela independência africanos e a resistência timorense. Procura-se assim traçar aspetos comuns e identificar aspetos específicos que assinalam as independências nestes países numa perspetiva cosmopolita e dialógica.


Comissão Organizadora (CES)
Maria Paula Meneses, Margarida Calafate Ribeiro, Marisa Ramos Gonçalves, Miguel Cardina e Natália Bueno.
Estudantes do programa de doutoramento Pós-Colonialismos e Cidadania Global, CES / FEUC, Universidade de Coimbra: Ângela Guerreiro, Celso Braga Rosa, Francisco Sandro Xavier, Jessemusse Cacinda, Joana Simões Piedade, Sandra Inês Cruz. Nuno Simão Gonçalves (fotografia)
 

Apoio
Com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian à realização de conferências sobre os “50 Anos das Independências dos PALOP” e o apoio institucional do Centro Científico e Cultural de Macau

             


Este Colóquio conta também com o apoio do projeto "EDU-AM: Pedagogias Revolucionárias? História dos projetos de educação em Angola e Moçambique (1960-1980)", financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (refª. 2022.01785.PTDC), e coordenado por Maria Paula Meneses, no Centro de Estudos Sociais, e do Programa de Doutoramento “Pós-colonialismos e Cidadania Global” (CES/FEUC).