O Gender Workshop promove conversas feministas com pessoas das mais diversas áreas de atividade, dando a conhecer o seu trabalho e pensamento no domínio da igualdade de género e das questões relativas às mulheres.

Nesta sessão, teremos à conversa a poeta negra brasileira, Dinha, com Fabrina Martinez, Doutoranda em Estudos Feministas.


Notas biográficas

Maria Nilda de Carvalho Mota, que assina como Dinha, é graduada em Letras pela Universidade de São Paulo e também é Mestre e Doutora em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, além de Pós Doutora em Literatura e Sociedade, pela mesma instituição (USP).

Dinha é autora de oito nove, a saber: De passagem mas não a passeio (2006), Onde escondemos o ouro (2013), Zero a zero - 15 poemas contra o genocídio da população negra (2015), Das contradições do Capitalismo - ou: Metralhadora de chocolate (2017), Gado cortado em milprantos (2018), Maria do Povo/Maria Pepe Pueblo (2019), Diário do fim do mundo (2020), Horas, minutas y segundas (2022), Uma mãe em movimento: autobiografia de Débora Lima em co-autoria com Dinha e Jaiane Conceição.

Nascida na cidade de Milagres (CE), em 1978, Dinha é poeta, pesquisadora, e editora independente. É também um dos nomes mais importantes dentro do cenário da Literatura Marginal/ Periférica brasileira. De acordo com a pesquisadora Heloísa Buarque de Hollanda, em entrevista dada ao programa EntreLinhas, da TV Cultura, em 2017, Dinha seria, dali a vinte anos, a próxima mulher negra e periférica a ser homenageada pela Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), depois de Conceição Evaristo.

Artista, intelectual e militante, em 2013 fundou a Coletiva Editorial Edições Me Parió Revolução e, em 2019, foi homenageada como patrona da Academia Estudantil de Letras da EMEF Dora Cândida Pretini.

Fabrina Martinez de Souza é uma mulher que lê e escreve. Doutoranda em Estudos Feministas pela Universidade de Coimbra, é mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), jornalista pela Universidade de Marília (Unimar), mediadora do Leia Mulheres, produtora da IV Feira Literária de Assis (FLiA) e professora de literatura e escrita criativa. Em 2019, foi premiada pelo edital ProAc do Estado de São Paulo (Brasil) com a novela sobre luto, memória e maternidade chamada "Sabendo que és minha". Participou da antologia de contos "Antes que eu me esqueça - 50 autoras lésbicas e bissexuais hoje", da antologia de poesia "Tomar Corpo" e da antologia 17 da revista "Café Espacial". Publicou em diversos canais de comunicação e participou de workshops, mesas de debates e festivais literários como convidada, mediadora e curadora.