Oficina
Diálogos entre a neurodiversidade e os mad studies
28 de julho de 2025, 14h00-16h00 (GMT+1)
Evento em formato digital
Textos
Brigit McWade, Damian Milton & Peter Beresford (2015) Mad studies and neurodiversity: a dialogue, Disability & Society, 30:2, 305-309
Cook, Tina.(2012) "Where participatory approaches meet pragmatism in funded (health) research: The challenge of finding meaningful spaces." Forum Qualitative Sozialforschung/Forum: Qualitative Social Research. Vol. 13. No. 1.
Leitores convidados: Tiago Pires Marques; Cláudia Nogueira; Jijian Voronka; Luis Sá Fernandes
Apresentação de textos: Andreia Dickinson e Tiago Pires Marques
Inscrição gratuita, mas obrigatória AQUI
Notas biográficas
Cláudia Nogueira, PhD em Sociologia, é investigadora associada do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e membro da equipa portuguesa da FRANET (2022-2026) – a rede de investigação multidisciplinar da Agência dos Direitos Fundamentais da UE. Tem participado em projetos de investigação no domínio das políticas públicas de saúde mental e da deficiência. Participou, designadamente, num estudo pioneiro em Portugal sobre a desinstitucionalização psiquiátrica e, mais recentemente, no projeto “Proteção dos Direitos Fundamentais das Pessoas com Deficiência que vivem em instituições”. Os seus atuais interesses de investigação passam, sobretudo, por questões relacionadas com a crítica ao reducionismo biomédico, integralidade nas políticas de saúde, abordagens/epistemologias “outras” no cuidado ao sofrimento psíquico e papel da dimensão espiritual na ética do cuidado.
Jijian Voronka is an Associate Professor in the Department of Interdisciplinary and Critical Studies at the University of Windsor, Ontario, Canada, Treaty 2 territory. A madwoman for life, her research uses Critical Disability and Mad Studies to explore: the consequences of equity diversity and inclusion practices for disabled people; sites of confinement in the age of deinstitutionalization; and teaching and learning through disability justice frameworks. She is invested in working collaboratively with others who are often labeled difficult or different to co-produce knowledge.
Luís Sá Fernandes, Psicólogo comunitário e bolseiro de investigação no centro APPsyCI, no ISPA – Instituto Universitário, em Lisboa. Atualmente, é vice-presidente da direção da AEIPS (Associação para o Estudo e Integração Psicossocial) e integra a direção da FNERDM, a federação nacional de entidades de reabilitação em saúde mental.
A sua trajetória profissional e académica tem sido dedicada à promoção da desinstitucionalização, do empoderamento, recovery e inclusão comunitária de pessoas com experiência de doença mental. Trabalhou durante 15 anos na AEIPS, onde dirigiu o centro e equipas de intervenção comunitária de serviços inovadores de emprego apoiado, habitação independente, apoio familiar e grupos de autorrepresentação.
É mestre em Psicologia Comunitária pelo ISPA, tendo recebido um diploma de mérito pelo seu trabalho de investigação sobre o impacto da habitação e do emprego no empoderamento de pessoas com experiência de doença mental. Tem experiência de docência no ISPA – Instituto Universitário e a sua investigação tem sido publicada em revistas científicas nacionais e internacionais. Tem proficiência em investigação quantitativa, qualitativa e de métodos mistos. Foi também membro de projetos europeus, como o ImpulSE, centrado na educação apoiada, e colaborou com a rede social de Lisboa na influência de políticas públicas em saúde mental.
Além da sua atividade académica, de conferencista e profissional, é também defensor cívico da desinstitucionalização e de práticas de saúde mental livres de coerção e baseadas nos direitos humanos.
Tiago Pires Marques, Investigador associado do CES. Desde 2008, tem estudado a construção dos saberes psi (psiquiatria, psicologia e psicanálise) e a "fabricação do psiquismo", na interseção entre história da ciência e história das religiões. Foi investigador contratado no CES entre 2014 e 2024, desenvolvendo a sua investigação sócio-histórica sobre a saúde mental, estendendo o campo de observação à contemporaneidade. Atualmente investiga a história dos modelos de saúde mental na sua relação com a medicalização da vida e com a história dos direitos humanos. Interessa-se especialmente pelos saberes, propostas políticas e alternativas à psiquiatria produzidas pelos movimentos de utentes no campo da psiquiatria. PROJETOS 2019-2024 Sofrimento psíquico e a questão social: da revolução à militância colaborativa (Portugal e Brasil, 1970s-2010s). 2021-2022 Ouvir Vozes. Parceria: Marionet, Centro de Estudos Sociais, Rádio Aurora (Hospital Júlio de Matos) e Movimento Ouvir Vozes Portugal. Coordenação: Mário Montenegro (Marionet). 2022-2024 PSYGLOCAL - Sofrimento psíquico e direitos humanos: epistemologias da saúde mental, políticas e ativismo na psiquiatria (Lisboa, Portugal e Salvador, Brasil, c. 1950 - c. 2020).