Nota biográfica

Marianna França Monteiro é doutoranda pelo Programa de Doutoramento em Discursos: Cultura, História e Sociedade (Faculdade de Letras e Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra) e desempenha pesquisas multidisciplinares em ciências sociais, voltadas para literatura e culturas modernas. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto, a discente desenvolveu o seu trabalho de conclusão de curso, na graduação, sobre a epistolografia machadiana utilizando o cotidiano dentro da correspondência de Machado de Assis, no período de 1878 à 1882, como categoria analítica, com o intuito de observar características do século XIX, no Brasil, que estão presentes nas obras do escritor. Dessa pesquisa resultou a monografia intitulada "Intimidade Pública: Uma Análise da Correspondência de Machado de Assis de 1878 e 1882". Atualmente Marianna continua a estudar a epistolografia machadiana em sua pesquisa de doutoramento, todavia o enfoque da pesquisa gira em torno da análise das cartas, de 1860 a 1960, entre Machado de Assis e seus interlocutores portugueses. A pesquisa atual busca mapear as conexões entre Machado de Assis e os seus correspondente com o intuito de entender a relação entre eles por meio de cartas que revelam aspectos que trazem novos conhecimentos no âmbito Brasil-Portugal. No campo jornalístico, Marianna França Monteiro trabalhou, durante cinco anos, em Brasília (Brasil), com jornalismo cultural para a revista Traços. Graças a experiência como jornalista cultural, Marianna percebeu na prática como as conexões entre artistas acontecem e trouxe para a sua pesquisa de doutoramento uma pespectiva de análise dessas relações epistolares baseadas na sua experiência e como jornalista do meio cultural e também da academia com a implementação de análise de redes em sua pesquisa. Dentro da Traços ela foi responsável por matérias de capa de revista com grandes expoentes artistas do Brasil que atuam nos direitos humanos, como o DJ Alok, a influencer body positive, Alexandra Gurgel, ativista e drag queen, LGBTQIA+, Ruth Venceremos e o fotógrafo renomado de povos indígenas Ricardo Stuckert. Marianna atua sempre de modo interdiciplinar em linhas conssoantes com todas as frentes que envolvem a academia, os direitos humanos, literatura e cultura. Seu objetivo como acadêmica e profissional é cruzar ideias das suas áreas e democratizar e o acesso ao conhecimento a todos por meio da arte e da cultura.