As Conversas Feministas do Gender Workshop pretendem dar a conhecer a vida e o trabalho de pessoas das mais diversas áreas de atividade, com incidência na igualdade de Género e nas questões das mulheres. Esta conversa terá como convidadas Maria Giulia Pinheiro e Ellen Wassu, em diálogo com Roberta Scatolini sobre temas como poesia, slam e dramaturgia feministas, antirracistas e indígenas.


Notas biográficas

Maria Giulia Pinheiro (São Paulo, 1990) | Doutoranda em "Discursos: Cultura, História e Sociedade" (CES/FLUC), fundadora da associação FALA orgânica e artista residente na Biblioteca Municipal de Alcântara desde 2023. Também vencedora da 2.ª edição do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina (DGArtes), com a obra “Isso não é Relevante”, é autora de cinco livros de poesia e dramaturgia, publicados entre Brasil e Europa. “A Palavra Mais Bonita”, com sua encenação, texto e performance, circula desde 2019 os países de língua portuguesa, já realizando temporadas em Moçambique, Brasil, Portugal e Espanha (Galiza). Criou em Portugal uma série de eventos específicos para a cultura do país, em que articula comunidades através da literatura (poesia e dramaturgia) e da performance. São eles: SLAM no CAM (Fundação Gulbenkian), Todo Mundo Slam (Lisboa),  Slam Camões (CM de Coimbra) e a Ginginha Poética, criada em Lisboa, mas com circulação nacional e internacional, principalmente em Festivais, como FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) e FOLIO (Festival Literário de Óbidos).Também criou no Brasil eventos literários que são realizados em Portugal desde 2019, como Ciranda: Jogo de Palavra Falada (Atualmente na Casa Fernando Pessoa) e ZONA lê Dramaturgia (Atualmente no TBA). Enquanto dramaturga, estreou em 2024 o espetáculo “Palimpsesto: o que se apaga para escrever de novo?”, com apoio da DGArtes e da Fundação GDA. Escreve para teatro desde 2012, quando estreou seu primeiro espetáculo, "Bruta Flor do Querer", também com sua encenação. Desde então, escreveu outros diversos roteiros e dramaturgias para teatro, TV e cinema. Criou e coordena o Núcleo de Dramaturgia Feminista desde 2017, em que dá aulas sobre dramaturgia utilizando a obra de artistas mulheres. Em 2020, os encontros passaram a ser online, o que atraiu mais de 500 pessoas localizadas em 10 países pelo mundo e resultou na publicação de duas antologias com textos escritos a partir de suas aulas e três temporadas de um podcast narrativo chamado "corte perfeito para". Em 2025, está previsto o início da 12ª turma do Núcleo de Dramaturgia Feminista. Mais em www.mariagiuliapinheiro.com

Ellen Pirá Wassu | É bicho, rio, árvore, raiz e semente. Como gente humana, é artivista, escritora e doutoranda em Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas, no Centro de Estudos Humanísticos pela Universidade do Minho (CEHUM). Investiga a relação entre expropriações territoriais e identitárias nos discursos visuais e literários dominantes, estudo que tem conceituado "Poéticas da expropriação". Publicou em 2021 ixé ygara voltando pra ’y’kûá (Urutau) e yby kûatiara - Um livro de terra, 2023 (Urutau). Integra, entre revistas literárias e outras coletâneas, as obras: obra Volta pra tua terra, uma antologia de poetas antifascistas e antirracistas em Portugal. 2021 (Urutau). Sua prática relaciona arte, poesia, performance, ativismo, crítica, estudos contracoloniais, escritas ensaísticas, bons encontros, banho de rio e conversa com flores

Roberta Scatolini | Doutoranda em Estudos Feministas (CES/FLUC), mestre em Educação pela PUC-SP e Psicóloga pela Universidade Mackenzie, São Paulo, Brasil. Especialista em Psicodrama clínico (Escola Paulista de Psicodrama/SP) e atriz pela Célia Helena, Centro de Artes e Educação de São Paulo. Atuou como coordenadora pedagógica, educadora e Secretária de Cultura no Instituto Paulo Freire/SP (2007/2015) e como professora no Núcleo de Trabalhos Comunitários, programa de extensão da Faculdade de Educação da PUC/SP, com ênfase na formação continuada de professores e educadores da educação formal e não formal em todo território brasileiro (1998/2007). Foi Supervisora de Ensino e Pesquisa no Centro de Formação em Segurança Urbana do município de São Paulo e curadora de educação, teatro e literatura no Serviço Social do Comércio de São Paulo (SESC/SP).
Em Portugal realizou Ofiicinas de Teatro das Oprimidas com jovens estudantes de escolas públicas, no contexto do Programa Ces Vai à Escola, com grupos de mulheres organizados pela UMAR - União de Mulheres Alternativa e Respostas e nas seguintes formações internacionais oferecidas pelo CES/UC: Summer School "O Pluriverso da Justiça Eco-Social" (2022) e Un-schooling the summer: Walking the line of environmental injustice in Alentejo (2023). Atualmente integra o projeto “Ouvir a voz do Barroso”, financiado pelo Netherlands Helsinki Committee, desenvolvendo oficinas de Teatro do Oprimido na perspectiva da Educação Popular e é Psicóloga Clínica.